sábado, 13 de novembro de 2010

1962: A COPA DE GARRINCHA

Eu não era nem nascido
Entretanto, tenho lido
Sobre troféu conseguido
Por nós na Copa do Mundo
Eu vos falo do segundo
Cuja geração dourada
Merece ser exaltada
Com respeito mui profundo

Torcedores radiantes
Porque quatro anos antes
Os craques impressionantes
Venceram o mundial
Pelé foi fenomenal
Nessa conquista primeira
Na seleção brasileira
Mostrou futebol "real"

Em sessenta e dois, que pena
Na copa em terra chilena
Nosso rei saiu de cena
Já na segunda rodada
Contusão inesperada
Contra os tchecos, branco empate
Deixou fora de combate
Nossa estrela celebrada

Na rodada inaugural
Tinha sido maioral
O escrete nacional
Porque conseguiu ganhar
Dois a zero no placar
Contra a turma mexicana
Trajetória bem bacana
Ali foi iniciar

No terceiro jogo, gente
Sem Pelé vai o suplente
Amarildo mui valente
Contra a equipe espanhola
Marca dois e 'come' a bola
E o Brasil na liderança
Para as quartas logo avança
Do seu sonho não descola

Houve no jogo, é verdade
Contra nós, penalidade
A qual com sagacidade
Nilton Santos escondeu
Um passinho à frente deu
Enganando a arbitragem
Por ato de malandragem
O Brasil não pereceu

Começando o mata-mata
Dez de junho foi a data
Garrincha, cruel, maltrata
A tal seleção inglesa
Acabou com a defesa
Três a um o resultado
Oh, sujeito iluminado
O seu drible, uma beleza

Nesse jogo, um cachorrinho
Apareceu no caminho
Driblando o time todinho
Passeando no gramado
E para ser dominado
Teve até imitação
Jogador tal como um cão
De quatro, pega o danado

Na semi, o time da casa
Garrincha, brilhante, arrasa
Seu talento extravasa
Quatro a dois e expulsão
Pra falta não tem perdão
O craque do Botafogo
É excluído do jogo
Naquela competição

A final sem ter Pelé
O Brasil jogou com fé
Curioso é que Mané
Mesmo expulso disputou
Tchecoslováquia enfrentou
Nos três a um magistrais
Valendo o caneco a mais
Que nosso país ganhou

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